O primeiro semestre de 2021 foi marcado pelo aumento da população vacinada no mundo. Segundo o projeto Our World in Data, da Universidade de Oxford, 24,9% da população mundial recebeu pelo menos uma dose da vacina contra a Covid-19 até julho de 2021. A consequência foi um cenário de retomada, como reabertura econômica e fortes estímulos fiscais e monetários.
Este crescimento trouxe como preocupação a inflação e, com ela, o reflexo nas taxas de juros. No cenário mundial, isso gerou preocupação entre os investidores e grande apreensão e expectativa em torno do FED (o banco central dos EUA) e suas decisões e declarações. Os dados de atividades e inflação nos EUA ganharam mais importância do que o próprio discurso do FED. Como resultado, os mercados podem começar a exigir altas nos juros.
No Brasil, o Banco Central está acelerando a elevação da taxa Selic, que possui potencial de chegar à 6,5 p.p. nos próximos meses. Ainda assim, os investidores no Brasil devem continuar em seu processo de aumentar a alocação em renda variável ao longo do tempo.
As empresas de bolsa compreendem, excluindo o setor financeiro, 33% do PIB brasileiro, que apresentou crescimento nos últimos anos em relação ao restante da economia. Uma taxa mais elevada de juros aumenta também a necessidade dos ativos de risco do país apresentarem uma boa performance, principalmente em previsão ao cenário de eleições possivelmente conturbadas que se aproxima. Dentro do semestre, Ibovespa subiu 6,54%, contra uma alta de 10,13% do S&P500 (bolsa americana).
O Banco Central continua atraindo capitais de curto prazo e o Congresso trabalhando pelas privatizações, assim como reformas administrativas e tributárias caminhando. Essas reformas não resolvem, mas corrigem e melhoram distorções de mercado. No curto prazo, a reforma tributária parece ser melhor para a dívida pública do que para a renda variável, dada a tributação de dividendos e fim dos juros sobre capital próprio. Dados do varejo e confiança do consumidor apresentaram bons resultados, que apoiam uma visão positiva para o mercado de segundo semestre.
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