
Você já parou para pensar em como funciona a previdência social no Brasil?
Muitas pessoas acreditam que, ao contribuírem mensalmente, terão um valor suficiente para viver a aposentadoria no futuro. Mas será que esse sistema é realmente sustentável a longo prazo?
Com o envelhecimento acelerado da população e um número cada vez menor de trabalhadores contribuindo, a previdência social enfrenta desafios que podem impactar diretamente o valor dos benefícios. Diante desse cenário, buscar alternativas, como a previdência complementar fechada, pode ser a chave para garantir uma renda mais estável e confortável na aposentadoria.
Pirâmide etária e envelhecimento populacional
O envelhecimento da população e a taxa de natalidade tem um impacto direto no seu futuro. Projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que, em 2070, o Brasil terá três pessoas com mais de 60 anos para cada habitante com até 14 anos, representando 37,8% da população.
Além disso, espera-se que 11,4% dos brasileiros tenham mais de 80 anos. Essa mudança demográfica resultará em uma redução da população economicamente ativa, aumentando a pressão sobre o sistema previdenciário, já que haverá menos contribuintes para sustentar um número crescente de beneficiários.
Funcionamento do Sistema de Contribuição da Previdência Social Brasileira
Mas como funciona a contribuição para a Previdência Social? A previdência social no Brasil é financiada pelo regime de repartição simples, onde os trabalhadores ativos (aqueles que estão descontando neste momento a previdência social) contribuem para financiar os benefícios dos aposentados e pensionistas que estão sendo pagos agora.
Com a diminuição da taxa de fecundidade para 1,57 filhos e o aumento da expectativa de vida para 76,4 anos em 2023, a base de contribuintes está encolhendo, enquanto o número de beneficiários cresce. Essa dinâmica compromete a sustentabilidade financeira do sistema público de previdência.
Importância da Previdência Complementar Fechada
Diante desse cenário, a previdência complementar fechada surge como uma solução eficaz para assegurar uma renda adicional na aposentadoria. Este sistema, possui um patrimônio que ultrapassa R$ 1,3 trilhão, equivalente a 11,6% do PIB nacional com um número de 8,4 milhões de brasileiros impactados.
Além de garantir uma reserva econômica extra no momento da aposentadoria, as vantagens da previdência complementar fechada incluem:
Benefício Fiscal: Contribuições podem ser deduzidas da base de cálculo do Imposto de Renda, até o limite de 12% da renda tributável, proporcionando vantagens fiscais imediatas.
Baixas Taxas de Administração: Por serem instituições sem fins lucrativos, as EFPCs cobram taxas menores, resultando em maior rentabilidade para os participantes.
Conforme destaca Ricardo Pena, diretor-superintendente da PREVIC, "a previdência social paga em torno de R$ 3 mil de aposentadoria, enquanto os fundos de pensão pagam, em média, R$ 7 mil".
Portanto, é fundamental fomentar conhecimento acerca do Planejamento Previdenciário, para que os brasileiros não dependam exclusivamente da previdência social e considerem a adesão a planos de previdência complementar fechada.
Essa estratégia é uma conscientização que permitirá a manutenção do padrão de vida na aposentadoria e garantirá maior segurança financeira diante das mudanças demográficas e econômicas previstas.