Mundo
A China dá sinais de atividade econômica forte, com suas exportações crescendo 18% no mês de julho. O dado supera as expectativas de crescimento de 15%, chegando a um saldo comercial de US$101,26 bilhões no mês. Sendo tradicionalmente uma economia de exportação, o país eleva ainda mais suas reservas de moeda estrangeira, que chegam a US$3,104 trilhões.
Nos EUA, as expectativas de inflação para 1 ano foram reduzidas de 6,8% para 6,2%, enquanto a projeção para daqui a 5 anos desceu de 2,8% para 2,3%. A mudança nas expectativas ocorre devido a fatores diversos. Os preços de energia e alimentos devem crescer menos com a menor demanda, uma vez que há risco de recessão. O mercado imobiliário dos EUA conta com um estoque de casas construídas que não deve ser vendido com facilidade após a elevação da taxa de juros pelo FED (Banco Central Americano). Por fim, o pacote de combate à inflação aprovado pelo Senado dos EUA deve ter efeito direto sobre os preços de medicamentos, além de aumentar a arrecadação e proporcionar maior estabilidade fiscal.
E a inflação já concretizada para julho nos Estados Unidos foi divulgada com dados abaixo do esperado. A média de preços ao consumidor permanece estável no mês, enquanto as projeções de mercado indicavam elevação de 0,2%. Desta forma, a inflação acumulada em 12 meses recuou de 9,1% para 8,5%. A variação de preços ao produtor foi de -0,5% no mês, muito abaixo dos 0,2% esperados. Isso pode aliviar o repasse de preços represados ao consumidor nos próximos meses, uma vez que a inflação desta categoria em 12 meses desceu de 11,3% para 9,8%.
A melhora na situação está diretamente relacionada aos preços de petróleo e seus derivados, com a gasolina retornando a um preço médio de US$3,99/galão após atingir um pico de US$5,02 em junho. Com isso, as expectativas dos consumidores norte-americanos em agosto melhoraram, chegando ao patamar positivo (acima de 50,0). Enquanto as projeções indicavam variação de 47,3 para 48,4, os dados divulgados pela Universidade de Michigan foram de 54,9.
Na Europa, os dados de atividade econômica vieram acima das projeções. A produção industrial da Zona do Euro em junho foi 0,5p acima do esperado, chegando a um crescimento de 0,7% no mês e 2,1% em 12 meses. O mesmo ocorreu no Reino Unido, que apresentou uma retração menor que o projetado. A produção industrial recuou 1,6% no mês, recuo 0,2p menor que o esperado. Por sua vez, o PIB (Produto Interno Bruto) trimestral variou -0,1% diante das expectativas de mercado que apontavam para -0,2%. A produção bruta do país acumula crescimento de 2,9% na comparação anual.
Brasil
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, divulgado na terça-feira (9/8) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentou um recuo no nível de preços. Com uma variação de -0,68%, trata-se do menor dado mensal já registrado desde o início da série história em 1980.
O índice foi puxado para baixo pela queda de preços dos combustíveis e da energia elétrica após a redução do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) sobre essas categorias. O impacto ficou mais evidente no caso dos combustíveis veiculares, que caíram em média 14,15% ao longo do mês. Na outra direção, o preço dos alimentos subiu 1,30%, com destaque para o leite longa vida e seu aumento de preço de 25,46% no mês. Com a concretização das projeções do mercado, é provável que o ciclo de alta de juros do COPOM (Comitê de Política Monetária) tenha se encerrado, com a taxa básica de juros – a SELIC - se mantendo em 13,75% pelos próximos meses.
O setor de serviços brasileiro apresentou crescimento acima do esperado em junho, com variação positiva de 0,7% diante de expectativas de 0,5%. O acumulado em 12 meses já é de 6,3%. O varejo, entretanto, apresentou recuo maior que o esperado. Com variação de -1,4% (expectativa de -1,0%) no mês, o acumulado em 12 meses foi a -0,3%.
Usina nuclear de Zaporizhzhia no meio do fogo cruzado
Ucrânia e Rússia trocam acusações de ataques à Usina de Zaporizhzhia, maior unidade de geração de energia nuclear da Europa e uma das maiores do mundo. A Agência Internacional de Energia Atômica, organização autônoma da ONU, demonstrou estar “extremamente preocupada” com a situação.
“A situação é muito frágil. Todos os princípios de segurança nuclear foram violados e nós não podemos permitir que isso continue acontecendo.” (Rafael Grossi, Diretor Geral da Agência Internacional de Energia Atômica)
Benefícios concedidos pela PEC Kamikaze começam a ser pagos
Alcançando mais de 20 milhões de brasileiros, os auxílios direcionados a pessoas vulneráveis começaram a ser pagos na terça (9/8). O carro-chefe é o Auxílio Brasil, que passará a pagar a partir de R$600 ao mês a famílias em situação de pobreza extrema. O benefício pago a caminhoneiros autônomos será de R$1.000 ao mês, com a primeira parcela sendo dobrada (R$2.000 em agosto). Espera-se que os pagamentos causem impacto imediato na avaliação do governo, melhorando as perspectivas de reeleição para o Presidente Jair Bolsonaro.
Preço do diesel nas refinarias cai
As distribuidoras de combustíveis passam a pagar R$0,22 menos por litro de diesel a partir desta sexta-feira (12/8). A medida foi anunciada quinta-feira (11/8) pela Petrobras, que passará a vender o combustível por R$5,19/litro.
SC continua com menor taxa de desemprego do país
Dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua do IBGE para o segundo trimestre de 2022 mostram que o desemprego caiu de 4,5% para 3,9% em Santa Catarina, permanecendo como a menor taxa do Brasil. O país como um todo reduziu sua taxa de 11,1% para 9,3%.
Seca na Europa revela passado submerso nos rios
A onda de calor histórica que atinge o velho mundo tem diminuído o nível de água dos rios por todo o continente, tornando visível vilas submersas, destroços da Segunda Guerra Mundial e outros tesouros do passado europeu. Você pode ler mais sobre o assunto e ver as imagens na Bloomberg e na BBC.
Fontes: TradingView, Investing.com, BP Money, InfoMoney, FED, FGV, IBGE, Bacen, CNN, Uol, BM&C News, G1, Reuters, Valor Econômico, BBC, S&P, CNN, Bloomberg.