Mundo
A inflação que atinge os mercados internacionais dá sinais de trégua. Na Alemanha, o mês de novembro trouxe variação de -0,5% no nível de preços ao consumidor, ficando 0,3p abaixo do esperado. Com isso, o acumulado em 12 meses recua de 10,4% para 10,0%.
Na Zona do Euro como um todo, a inflação mensal também se apresentou 0,3p abaixo do esperado, fechando em -0,1% e também recuando para 10,0% em 12 meses. Os preços aos produtores europeus apresentaram deflação de 2,9%, fechando em 30,8% em comparação ao mesmo período do ano passado.
Nos Estados Unidos, os novos sinais de que a inflação arrefece levaram o presidente do Federal Reserve a indicar aumentos menos intensos na taxa de juros nas próximas reuniões do órgão, possivelmente já em dezembro. Ainda assim, é defendida a manutenção do nível de juros pelo tempo que for necessário.
“É provável que restaurar a estabilidade de preços exija manter a política em um nível restritivo por algum tempo. A história adverte fortemente contra o afrouxamento prematuro da política”, disse Jerome Powell, Presidente do FED - Banco Central Americano.
Posteriormente, o índice PCE, que mede os preços de consumo pessoal doméstico nos EUA, reforçou a desaceleração da inflação no país. O dado de outubro ficou abaixo do esperado ao fechar em 0,3%, recuando o acumulado em 12 meses de 6,3% para 6,0%. A atividade econômica do país também trouxe boas notícias, com o PIB (Produto Interno Bruto) do país crescendo 2,9% no terceiro trimestre (0,2p acima das projeções).
O mercado de trabalho do país segue aquecido, com as solicitações de seguro desemprego recuando 6,6%. O saldo de empregos gerados foi positivo em 263 mil e também ficou acima do esperado, ainda que tenha sido 7,4% menor que o mês anterior.
Desempenho dos índices ao longo da semana:
S&P 500: 1,58%
Dow Jones: 0,50%
Nasdaq: 1,79%
STOXX 600: 0,91%
B3: 3,66%
Dólar: -3,71% (R$5,20)
Brasil
Os dados de atividade econômica no mercado doméstico decepcionaram, apesar de ainda trazer crescimento. O PIB divulgado para o terceiro trimestre mostra um crescimento de 0,4%, desaceleração considerável diante do resultado de 1,2% no período anterior.
O saldo de empregos mensurado pelo CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho segue pelo mesmo caminho, apresentando quase 160 mil novos vínculos trabalhistas, mas ficando 33,0% abaixo do projetado.

Se a atividade decepcionou, a inflação mensurada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) por meio do IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado) trouxe uma boa notícia: o nível de preços do Brasil recuou mais que o esperado, com o dado de novembro fechando em -0,56%. O índice foi puxado para baixo pelo preço ao produtor amplo, que variou -1,44%. Desta forma, o dado acumulado em 12 meses segue sua trajetória de queda.
OPEP+ não descarta novo corte na produção de petróleo
A última reunião do ano da Organização dos Países Exportadores de Petróleo deve optar pela manutenção dos níveis de produção atuais. Ainda assim, não está descartado um corte de 500 mil barris diários (0,5% da demanda) após o corte de 2 milhões de barris diários (2,0% da demanda) já ocorrido em outubro.
“Estamos perguntando a nossos compradores o que eles precisam para o próximo ano e a resposta direta de todos é que não será necessário mais petróleo, talvez até menos por medo da recessão, apesar de que possamos evitar isso”, disse o Sheikh Nawaf Saud al-Sabah, CEO da Kuwait Petroleum Corporation.
Fontes: TradingView, Investing.com, BP Money, InfoMoney, FED, FGV, IBGE, Bacen, CNN, Uol, BM&C News, G1, Reuters, Valor Econômico, BBC, S&P, CNN, Bloomberg, UOL.