Mundo
A semana iniciou com dados positivos vindos da economia chinesa. Após a realização do Congresso do Partido Comunista Chinês, o PIB (Produto Interno Bruto) do país foi divulgado com crescimento anual de 3,9%, meio ponto percentual acima do projetado. A atividade se concentrou no setor industrial, que cresceu 6,3% diante projeções de 4,5%. O varejo, por sua vez, ficou 0,8p abaixo do esperado e fechou 12 meses em 2,5%.
Na Europa, a pressão inflacionária segue intensa, com os preços ao consumidor subindo 0,9% (0,3p acima do esperado) na Alemanha durante o mês de outubro. O país já acumula inflação de 10,4% em 12 meses, algo que não acontecia há cerca de 70 anos. Por outro lado, a atividade da maior economia da Europa surpreendeu positivamente. Enquanto se esperava variação de -0,2% no PIB alemão no terceiro trimestre, o resultado obtido foi um crescimento de 0,3%.
Antes mesmo da divulgação dos dados, o BCE (Banco Central Europeu) já havia elevado suas taxas em 0,75p e chegou a 2,00% de juros. A instituição busca reduzir a inflação com a medida, mesmo sabendo dos riscos de recessão.
“Temos que fazer o que temos que fazer. Nosso mandato é a estabilidade de preços. Isso significa que estamos alheios ao risco de recessão? Obviamente que não", disse Christine Lagarde, presidente do BCE.
Por fim, a economia dos EUA apresentou inflação amena ao mesmo tempo que sua atividade econômica desacelera com mais suavidade que o esperado. O índice de preços PCE variou 0,3% em setembro, se mantendo nos 6,2% em 12 meses. Mesmo com a alta de juros já surtindo algum efeito, a solicitação de seguro-desemprego pouco subiu e ficou 1,4% abaixo das projeções. A venda de novos domicílios, por sua vez, recuou 10,9%. Apesar do número significativo, as expectativas de mercado para o dado era de -13,9%, uma vez que o setor é altamente dependente de financiamentos. Com a desaceleração suave, o país apresentou PIB 2,6% maior no terceiro trimestre, 0,2p acima do esperado.
Desempenho dos índices ao longo da semana:
S&P 500: 3,43%
Dow Jones: 5,10%
Nasdaq: 1,56%
STOXX 600: 3,07%
B3: -4,69%
Dólar: 1,69% (R$5,33)
Brasil
O Banco Central do Brasil definiu em seu Comitê de Política Monetária desta semana manter a taxa de juros básica em 13,75%. A decisão é consequência do movimento de aperto monetário iniciado antes pelo Brasil, combatendo a inflação e proporcionando uma situação relativamente estável em comparação ao resto do mundo.
Nesta semana ainda foram divulgados dois indicadores de preços importantes. O IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) mostrou uma inflação de meio de mês em 0,16%, com vestuário e serviços sendo as maiores pressões inflacionárias. O IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado), por sua vez, surpreendeu o mercado e trouxe variação de preços de -0,97%. Com dinâmica semelhante ao IPCA com relação aos preços ao consumidor, o IGP-M foi puxado para baixo com a queda de preços aos produtores à medida que os preços de matéria prima recuam.
Paralelamente, a economia brasileira gerou um saldo de 285,3 mil empregos em setembro segundo o Ministério do Trabalho. Como de costume, os setores de serviços e comércio foram os maiores empregadores, com resultados de 122,5 mil e 57,9 mil vínculos. Em dado divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desemprego do Brasil recuou de 8,9% para 8,7%, demonstrando o mesmo movimento na economia.
Musk conclui compra do Twitter
O bilionário Elon Musk oficializou após 6 meses de negociações a aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões. O novo dono ainda demitiu o presidente e diretores da empresa, os quais são acusados por Musk de ocultar dados a respeito do número de bots ativos na plataforma.
Fontes: TradingView, Investing.com, BP Money, InfoMoney, FED, FGV, IBGE, Bacen, CNN, Uol, BM&C News, G1, Reuters, Valor Econômico, BBC, S&P, CNN, Bloomberg, UOL.