Mundo
O Índice de Preços das Despesas de Consumo Pessoal (PCE) mostra que a inflação dos EUA em abril está dentro do esperado, com variação de 0,3%. O dado divulgado na manhã desta sexta-feira foi bem recebido pelo mercado. A boa notícia atenua os efeitos da revisão do PIB para o primeiro trimestre divulgada ontem. O dado inicial era de -1,4% e foi atualizado para -1,5%, enquanto os agentes de mercado esperavam uma revisão para cima.
A atividade econômica do país também já começa a ser impactada pela alta nos juros, com o mercado imobiliário desaquecendo. Com financiamentos mais caros, as vendas de casas já existentes caíram 3,9% no mês passado. O mercado de trabalho, entretanto, segue ativo. As solicitações de seguro desemprego caíram 3,7% na semana anterior, uma queda bem acima das projeções de 1,4%.
A rede de TV estatal da China anunciou que o governo chinês adotará medidas ativas para garantir o crescimento econômico em meio às fortes medidas restritivas impostas em seus centros urbanos visando o combate à COVID 19.
Dentre as medidas listadas, estão o adiamento de cobrança de empréstimos e pagamentos de seguridade social, cortes de impostos e novos projetos de investimento em transporte, energia, renovação urbana e preservação de recursos hídricos.
Na Alemanha, dados apontam para atividade econômica levemente acima do esperado. Com PIB trimestral convergindo com as projeções a alcançando crescimento de 0,2%, indicadores de sentimento empresarial e de aquisições para produção vieram acima do esperado, apontando para boa atividade empresarial.
Brasil
O índice Bovespa inicia a semana com crescimento de mais de 1,5%, sendo puxado pelas cotações de petróleo e ferro. A Companha Siderúrgica Nacional (CSN) é um dos destaques, com variação de +4,3%.
O indicador de inflação do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresentou alta puxada pela elevação de preços dos combustíveis. Em dados disponibilizados hoje, a Fundação aponta para variação no nível de preços de 0,44% nas últimas 4 semanas. É relevante mencionar uma queda de preços de habitação e desaceleração da inflação dos alimentos que caiu de 1,19% para 0,76%.
Esteves Colnago, secretário especial do Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, declarou na última sexta-feira que ainda não há definição para o reajuste de salários a servidores públicos federais.
Com um prazo cada vez mais curto, o secretário ressalta que o reajuste de 5% que vem sendo especulado para todas as classes custaria R$ 6,3 bilhões ao ano para o executivo e R$ 1,6 bilhão para Legislativo e Judiciário, elevando as despesas com pessoal de 3,52% do PIB para 3,58%.
Ainda no Brasil, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA-15) para maio aponta que o mês é de inflação acima do esperado. Com elevação do nível de preços em 0,59% com relação à metade do mês passado, o dado superou as projeções em 0,14pp.
Assim, o IPCA-15 fechou um acumulado de 12 meses com 12,2%. Para o mês, chama atenção a queda de quase 4% nos custos com habitação. Categorias com maior participação no índice, alimentação e transportes subiram respectivamente 1,52% e 1,80%.
Enquanto a inflação continua alta, a confiança do consumidor cai. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela FGV, traz um dado para março 3,1 pontos abaixo do que o mês anterior, ficando em 74,8. O principal componente responsável pela queda foi a percepção sobre o futuro.
Fórum Econômico Mundial em Davos
A comuna de Davos, na Suíça, volta a receber a edição presencial do Fórum Econômico Mundial depois de mais de 2 anos. Empresários e representantes governamentais do todo o globo começaram a chegar à localidade de pouco mais de 10 mil habitantes situada no cenário dos Alpes. Devido à guerra iniciada na Ucrânia, a Rússia foi banida desta edição.

O Brasil será representado pelo Ministro da Economia Paulo Guedes, que participará de reuniões sobre crescimento sustentável, parcerias econômicas na América Latina, perspectivas da conjuntura global e buscará apresentar o país como um “destino privilegiado para investimentos”.
João Doria desiste de candidatura à presidência
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o ex-governador de São Paulo anunciou sua desistência da corrida presidencial de 2022. Na última pesquisa XP/Ipespe divulgada na sexta-feira (20/05), Doria mantinha sua estagnação com 4% das intenções de votos.
Banco Central Europeu deve elevar juros
A presidente do BCE, Christine Lagarde, reforçou a intenção de elevar os juros para combater a inflação, apontando que as taxas devem sair do território negativo no início do segundo semestre. Presidentes de bancos centrais de países europeus demonstraram apoio à iniciativa.
“Estou totalmente de acordo, apoio totalmente tudo o que está no blog (de Lagarde), acho que ele traça bem o curso da política monetária”
(Klaas Knot, presidente do Banco Central Holandês)
Limitação de ICMS sobre combustíveis
A Câmara dos Deputados aprovou esta semana o teto de 17% para cobrança de ICMS sobre uma lista de bens e serviços de primeira necessidade, nomeadamente combustíveis, energia elétrica, transporte coletivo e telecomunicações. A medida precisar passar ainda pela aprovação do Senado.
O impacto deve ser significativo no bolso do consumidor e no controle inflacionário. Entretanto, cria-se um problema na obtenção de receitas fiscais por parte dos governos estaduais, uma vez que este imposto é a maior forma de arrecadação das unidades federativas. Debate-se agora a possibilidade de que o governo federal compense estados e municípios pela perda de receita.
Estoques de combustível no Brasil preocupam
Ritmo lento de importação de diesel no Brasil reduz o estoque do país para menos de 20 dias, levando o Ministério de Minas e Energia a convocar a Agência Nacional de Petróleo e a Petrobras para buscar soluções.
Empresas importadoras argumentam que o represamento de preços por parte da Petrobras torna a compra de combustível pouco atrativa comercialmente, apontando como solução novos ajustes de preços para o mercado interno.
Mudanças climáticas afetam Austrália
Desastres ambientais têm impactado a vida de australianos cada vez mais frequentemente, com mais de 500 mortes nos últimos 3 anos. Além disso, os efeitos da crise climática que avança sobre o mundo já afetam decisões econômicas e políticas no país.
Com riscos cada vez maiores em seu território, a Austrália pode ver 1 em cada 25 de suas casas ficar inelegível para seguros contra danos, além de ver os preços de seguros do tipo continuarem aumentando. Você pode conferir mais detalhes na matéria da BBC sobre o tema.

As mudanças ambientais, inclusive, foram decisivas nas eleições ocorridas no último sábado. Tendo como plataforma o investimento em energias renováveis e preservação ambiental, o Partido Trabalhista conseguiu eleger o premiê Anthony Albanese para substituir a atual coalizão governante.
Fontes: Reuters, G1, BBC, JN, Google, CNN, Valor Econômico, Estadão, TradingView, Investing.com, BP Money, InfoMoney, BM&C News, Ipespe, FGV e IBGE.