Muitos de nós passamos por longas, estressantes e cansativas jornadas de trabalho para recebermos compensação, gratificação pessoal, crescimento pessoal e, claro, retorno financeiro. E é normal passarmos por períodos da vida em que estamos insatisfeitos com o nosso trabalho e acabamos descontando esse descontentamento em CONSUMO!
Parece que as propagandas praticamente falam: “gaste seu dinheiro para ser feliz!”. E o pior, muita gente cai.
Aquela frase clichê de “dinheiro mão compra felicidade” é absolutamente verdade. A frustração, insatisfação e carência não são resolvidas e compensadas com compras e podem até piorar com esses hábitos!
Tentar compensar carências com consumo sairá caro… e não resolverá nada, bem pelo contrário!
Sua emoções podem estar interferindo
Evite ir às compras quando estiver um pouco triste (ou mesmo quando estiver eufórico)! Quando seu eu emocional estiver fora de si, sem você perceber, ele irá interferir de forma negativa em suas decisões de compra, fazendo você enxergar um valor e um poder nas coisas compradas, ou mesmo nas experiências contratadas, que elas de fato não têm.
Quando sair para gastar, ou diante da loja online aberta na tela do seu notebook, tente manter mente centrada, e pense assim: “Se eu adquirir este bem, ou se gastar com esta experiência, talvez me sinta bem por algum pouco de tempo, mas se não resolvi de fato o problema que estava me afligindo, a angústia voltará”. E volta, viu… volta junto com as contas para pagar!
Bom senso é tudo!
Não permita que seu padrão de consumo se eleve para justificar insatisfação no trabalho. A tática mais conveniente para fazer você feliz talvez seja a contrária: reduzir sensivelmente, de forma planejada e com bom senso, seus gastos pessoais e familiares.
Agindo assim, sua capacidade de poupança crescerá, e você poderá formar uma reserva financeira de transição profissional, que lhe permitirá bancar uma eventual troca de emprego, desligando-se do atual, e saindo em busca – com a devida calma e reequilíbrio – de uma recolocação que dê ressignificação a sua vida laboral. No final, tudo estará bem.
Talvez seja hora de repensar
Uma coisa é um trabalho puxado, que envolve certa dose de sacrifício e doação, aquele trabalho que lhe “pede o sangue”. Se bons propósitos o sustentam… está valendo! Outra coisa bem diferente é um trabalho massacrante, uma atividade exaustiva na qual você não vê finalidade, desempenhada sob o comando de um chefe que você respeita porque é obrigado, mas não porque o admira, junto a um bando de gente que vive querendo puxar o seu tapete, não uma verdadeira equipe de colaboradores solidários. Enfim, aquele trabalho que lhe “suga o cérebro”… e lhe “pede o coração”!
Se o seu caso for este último, repense sua carreira e tenha a coragem de promover mudanças difíceis, mas importantes, de adequação na empresa ou até de recolocação. Se, no entanto, sua situação for mais parecida com a primeira… deixe de frescura, aceite que nem tudo é perfeito, e parta de braços abertos para a legítima (ainda que imperfeita) felicidade… sem essa de consumismo “reparador”!